Cozumel – México

Cozumel – México

23 de Abril, 2019 14 Por Vitor Martins

Depois de uma noite de tempestade no mar, chegou a bonança a terra. Chegámos a Cozumel, vindos das Ilhas Caimão, num dia solarengo mas bastante ventoso. Eram restos de uma tempestade que apanhámos durante toda a noite com ventos bastante fortes.

Por vezes pode acontecer, e nós com seis viagens de navio cruzeiro, podemos dizer que apanhámos alguns sustos. Neste caso, o pior era mesmo o vento, que acabava por abanar o barco de uma forma diferente do que estávamos habituados, mas sempre com tudo controlado.

Bom, chegámos ao paraíso de manhã e só regressaríamos ao barco por volta das 19h.

Ainda com o mar meio agitado, saímos do barco. A nossa intenção era alugar um jipe ou uma mota e ir explorar a ilha. Em cerca de sessenta quilómetros, damos a volta à ilha, pela única estrada que existe por lá.

Saímos então da zona mais comercial, em frente ao porto, e fomos ver o que havia para alugar. Depois de alguma pesquisa, percebemos que os preços estavam mais ou menos combinados, como o normal em quase todo o lado. 😉

Decidimos então alugar, por trinta dólares, uma acelera, que é o mais barato que existe. Lá fizemos o “contrato”, como fiança ficou o meu cartão de cidadão e lá fomos nós! 🙂

Cerca de cinco quilómetros depois fizemos a primeira paragem, para apreciar o outro porto.

Apesar de o mar estar um pouco agitado, a vista daqui é fantástica. Na nossa frente o mar das Caraíbas e ao lado dois dos maiores barcos da famosa companhia Royal Caribbean!

Seguimos tranquilos até há Praia Palancar! Normalmente, nesta zona, as praias são privadas, e temos de dar uma contribuição para o estacionamento e para a manutenção. O dia mantinha-se um pouco ventoso, e como não tinham clientela não nos cobraram nada pela entrada. Passámos por duas praias destas, mas ao falarmos com um funcionário, ficámos a perceber que as praias do outro lado da ilha estariam bastantes melhores, porque estavam mais abrigadas do vento… Seguimos para lá…

A estrada principal dá a volta à ilha, e depois existe uma outra transversal e secundária, com cerca de vinte quilómetros, que dá acesso directo às praias privadas. Foi nessa que fomos até ao outro lado da ilha!

Chegámos a Miami! Temos cocos para dar e vender!! 😀 <3

Aqui tudo é mais natural!! O sargaço e o topless!! Duas coisas bastante naturais! 😀

Estas praias já são públicas, por aqui já não existia quase ninguém, mas decidimos andar mais uns dez quilómetros onde encontramos lugares realmente paradisíacos.

Apesar do sargaço e do mar um pouco agitado, o silêncio e a paz, que por aqui existiam fez-nos ficar mais de três horas… só a apreciar a vista! <3

Nadamos um pouco, apanhámos banhos de sol e descansámos. Inicialmente a ideia era dar a volta à ilha, mas depois com o passar das horas, decidimos voltar para trás. Tínhamos feito cerca de vinte quilómetros até aqui, ainda faltavam mais de duas horas para o barco sair, mas decidimos voltar!

Confesso que nos custou um pouco…

E voltámos os primeiros dez quilómetros pela estrada principal…

Até aqui tudo bem, passados dez quilómetros, decidi entrar na estrada que tínhamos passado antes, andámos mais uns cinco quilómetros onde vi motas e carros a ultrapassarem-me. Pensando nós que íamos bem, quando nos aparece de frente, duas motos da polícia e fomos mandados parar… 🙁

Meio nervosos, lá parámos! Perguntaram-nos se falávamos espanhol, ao qual respondemos que não. Começaram a falar inglês, que mal se compreendia, mas diziam que íamos em contra-mão e que isso nos iria levar a pagar uma multa… 🙁

Entretanto pedem-nos a identificação, eu mostrei lhes o cartão do barco, ficaram a olhar para o cartão, e eu disse, tenho de ir embora, o barco não tarda sai. Quiseram ver a carta de condução, um deles fez que apontou o número, e eu vi logo o que eles queriam… e perguntei quanto querem pela multa? Prontamente um me respondeu, oitenta dólares!! Oitenta dólares? Impossível, não tenho esse dinheiro! E ele: “Quanto tens?”… eu tinha uma nota de vinte euros, que tinha sobrado do dia, mostrei-lhe, arrecadou-a logo e disse: “boa viagem, não vás por esta estrada!” 😀

Por momentos ficámos um pouco apreensivos, mas facilmente percebemos que queriam uma nota, foi pena só não ter lá só uma de dez euros! 😀

Tínhamos ultrapassado o pântano, a nossa última etapa, era encher o depósito e entregar a acelera em segurança!

Chegámos a umas bombas, enchemos o que faltava no depósito, que eram cerca de quatro euros. Quando ia pagar com visa, prontamente me disseram que não dava, porque era um valor muito baixo. O passo seguinte foi procurar uma caixa multibanco, tentámos a primeira, não dava, andámos mais um pouco, tentámos a segunda, isto claro com a acelera encostada na bomba, a segunda apareceu, mas nada!

Ao levantarmos, estávamos a levantar em pesos e pensávamos que era dólares e a máquina não tinha. Dez pesos, são 0,53 dólares e não se consegue levantar da máquina. Já meio stressados, finalmente conseguimos perceber o que se passava, levantamos o dinheiro, pagámos e entregamos a acelera normalmente, entrando no barco meia hora antes dele partir.

Foi uma aventura bastante engraçada… até sempre Cozumel!