Monte Nebo – Madaba – Jordânia

Monte Nebo – Madaba – Jordânia

4 de Setembro, 2018 15 Por Vitor Martins

Seguimos em direção o Monte Nebo, famoso monte com 817m de altura, que está mencionado na bíblia como o local onde Moisés avistou a Terra Prometida e onde morreu sem conseguir chegar lá.

Do alto do monte Nebo observa-se um panorama da Terra Santa e, para norte, uma vista mais limitada do vale do rio Jordão. A cidade de Jericó é visível também do topo, tal como Jerusalém em dias límpidos.

Os restos de uma igreja e de um mosteiro primitivos foram descobertos no topo em 1933.  A igreja foi construída na segunda metade do século IV em memória da morte de Moisés.

A escultura da cruz com uma serpente (Monumento da Serpente Neustã) no cume do Monte Nebo foi criada por um escultor italiano, Giovanni Fantoni. É um símbolo da serpente de bronze criada por Moisés no deserto (Números 21:4-9) e da cruz na qual foi crucificado Jesus (João 3:14).

De acordo com o capítulo final do Deuteronómio, foi no Monte Nebo que foi dado a conhecer ao profeta hebraico Moisés a Terra Prometida que Deus estava a dar aos hebreus. “Então subiu Moisés das planícies de Moabe ao Monte Nebo, ao cume de Pisga, que está defronte de Jericó.” (Deuteronómio 34:1).
De acordo com a tradição judaico-cristã, Moisés foi enterrado nesta montanha por Deus e a sua última morada é desconhecida. Os eruditos continuam a discutir sobre se o monte que hoje conhecemos como Nebo é o mesmo que é mencionado na Tora.

É um lugar cheio de mística e história. Aqui, ficámos bastante tempo, apreciando a vista para a Terra Santa.

No dia 19 de Março de 2000, o Papa João Paulo II visitou o local durante a sua peregrinação à Terra Santa. Durante a sua visita, plantou uma oliveira ao lado da capela bizantina como símbolo da paz.

O monte Nebo ficava para trás. O sr. Omar queria mostrar-nos uma tradição desta zona, Madaba, que são os quadros feitos com azulejos, uma tradição bizantina, continuidade do império romano, que podemos ver também nas ruínas de Conímbriga, o local mais próximo de nós! 🙂

Fomos então visitar uma loja e fábrica de uma família, que nos receberam com uma simpatia enorme, e nos explicaram um pouco das técnicas da montagem dos quadros.

Depois de bebermos um chá e conversarmos um pouco, seguimos em direcção ao centro da cidade!

Pelo caminho recordamos a viagem de Gérasa até ao Monte Nebo, cerca de 75kms, onde vimos pela primeira vez, paisagens verdejantes em abundância na Jordânia..

Por aqui assim que chove um pouco mais, as paisagens ficam assim!! 😀

Num ápice estávamos no centro de Madaba!!

Madaba foi construída no antigo local bíblico de Medba ou Medeba, de onde adquiriu o seu nome. Está localizada a 35km a sudoeste de Amã. Tal como já tínhamos visto na escola/museu/loja a tradição desta cidade são os seus mosaicos bizantinos, especialmente um grande mosaico bizantino do VI século, conhecido como o Mapa de Madaba e com o mapa da Terra Santa, este mosaico cobre o piso da igreja ortodoxa de São Jorge. Centenas de outros mosaicos do V até o VII século estão espalhados pelas igrejas ou residências da cidade.

Por aqui tivemos direito a polícia privado à porta! É realmente um lugar muito especial para a cidade… A igreja foi construída em 1896 d.C. sobre as ruínas de uma igreja bizantina do século VI muito mais antiga. O painel de mosaicos que contém o Mapa tinha, originalmente, um tamanho de 15,6m por 6m e 94m2, e apenas um quarto do mapa foi conservado. A cidade situa-se na “Via Regia” uma estrada construída há cinco mil anos, a quase 730m de altitude.

De seguida fomos visitar a Igreja Católica dos Apóstolos, que tem também um espólio enorme em mosaicos bizantinos.

Por fim e para terminar a nossa passagem por Madaba, fomos visitar o seu Museu Arqueológico.

O Museu Arqueológico descreve uma extravagante profusão de flores e plantas, aves e peixes, animais e animais exóticos, bem como cenas da mitologia e das actividades quotidianas de caça, pesca e agricultura. Em linha com o compromisso da Jordânia com a restauração e preservação das suas obras em mosaico, o extenso e complexo Parque Arqueológico e Museu de Madaba engloba os restos de várias igrejas bizantinas, incluindo os mosaicos em circulação da Igreja da Virgem e o Hipólito Hall, parte de uma mansão do século VI.

Saímos de Madaba com a certeza que se vai manter a tradição de milhares de anos!! Era meio da tarde, o nosso voo era só perto das 24h, o sr. Omar queria regressar a casa, uma viagem de cerca de 250kms. 🙁

Tínhamos acordado com o Hamed, que só nos iria levar perto das 22h ao aeroporto, mas ficámos um pouco apreensivos por saber que o sr. Omar ainda iria voltar para Petra no mesmo dia. Era domingo, muita coisa estava fechada, decidimos então que iríamos lanchar e depois seguiríamos para o aeroporto.

O arroz de frango estava delicioso!! Para pagar fomos levantar dinheiro ao multibanco ao lado, e este está sempre a tomar conta de nós como podem ver!! É preciso meter os olhos em frente, para que possamos trabalhar com a máquina…

Era chegada a hora de partir, por volta das 18h, sr. Omar que nos agradeceu muito, deixava-nos no aeroporto! Assim saberíamos que ele por volta das 21h30 já estaria por Petra, perto da sua família. 😀

Nós ficámos a aguardar, o aeroporto é pequeno, mas tem wifi grátis e podemos descansar tranquilamente na entrada!

Aqui fica a foto da família Real para nos despedirmos da Jordânia…

Até um dia!!