São Petersburgo – A cidade do Czar Pedro, O Grande

São Petersburgo – A cidade do Czar Pedro, O Grande

28 de Setembro, 2017 2 Por Ana Carvalho

Depois de cerca de 800 kms no Flecha Vermelha, e aproveitando a noite para descansar, chegámos finalmente a São Petesburgo. Seguimos directos ao hotel, onde deixámos as malas. Não foi fácil conseguir deixar as malas por lá, ainda era muito cedo e o recepcionista, não estava muito bem disposto… Aqui notámos pela primeira vez a diferença das pessoas em relação a Moscovo.

Depois de tudo esclarecido, ao que parece não estavam a perceber o que nós queríamos, saímos para explorar esta magnífica cidade do Mar Báltico.

A poucos passos do hotel, deparámos-nos com uma situação no mínimo caricata!! Uma loja de brinquedos, e mesmo ao lado um bar de strip… De pequenino “é que se torce o pepino”, já a minha avozinha o dizia… 😀

Por cá também já existiam muitos vestígios para o Mundial de 2018…

A cidade é banhada por vários canais, que a embelezam ainda mais. Fomos andando a pé com direcção ao Museu Hermitage, junto aos seus canais…

Era mais um dia com um tempo fantástico, cheio de sol. O nosso objectivo era chegar ao Hermitage, não para o visitar, mas porque era ali o nosso ponto de encontro para a visita guiada gratuita pelos pontos mais importantes da cidade.

Lá estávamos nós à hora marcada, mas o guia que era em português, não apareceu. Sem saber vimos um grupo de espanhóis, a sair do meio da praça, perguntamos, e iam fazer exactamente o mesmo percurso, com um guia em espanhol e era também um “free tour”, decidimos ir com eles.

São Petersburgo é a segunda maior cidade da Rússia, politicamente incorporada como uma cidade autónoma. Ela está localizada ao longo do Rio Neva, na entrada do Golfo da Finlândia, no Mar Báltico. Em 1914, o nome da cidade foi mudado para Petrogrado e, em 1924, para Leningrado. Em 1991, após o colapso da União Soviética, a cidade volta ter seu nome original. É frequentemente chamada apenas de Petersburgo e informalmente conhecida como Peter.

São Petersburgo foi fundada pelo Czar Pedro, o Grande, em 27 de maio de 1703. Entre 1713-1728 e 1732-1918, São Petersburgo foi a capital do Império Russo. Em 1918, as instituições da administração central mudaram-se de São Petersburgo (então denominada Petrogrado) para Moscovo. Com 5 milhões de habitantes, é a quarta subdivisão federal mais populosa do país. A cidade é um grande centro cultural europeu e também um importante porto russo no Báltico.

É frequentemente descrita como a metrópole mais ocidentalizada da Rússia, bem como a capital cultural do país. O seu centro histórico e monumentos constituem mais um Património Mundial da Unesco. São Petersburgo também é o lar do Hermitage, um dos maiores museus de arte do mundo.

Num ápice chegamos às portas da cidade de São Petersburgo, a Fortaleza de São Pedro e São Paulo… Foi esta fortificação que deu origem à actual cidade. A sua construção foi feita por determinação do Czar Pedro, o Grande, com a finalidade de defender esta região dos ataques das tropas suecas, que dominavam o mar Báltico durante a Grande Guerra do Norte(1700–1721).

A data de início da construção desta fortaleza — 27 de maio de 1703, é considerada a data de aniversário da cidade.

De seguida passámos, pelo Almirantado de São Petesburgo, que foi construído entre 1806 e 1823.

Logo em frente, está o monumento a Nikolái Przewalski, um grande geógrafo de origem polaca, muito importante na descoberta da Ásia Oriental e Central. O seu camelo, revela a sua resistência e a vontade de continuar a descobrir o mundo.

Seguimos em direcção à Catedral de Santo Isaac, a maior e mais sumptuosa catedral Ortodoxa de São Petersburgo. A catedral, dedicada a Pedro O Grande, foi construída entre 1818 e 1858 em estilo predominantemente neoclássico, com a inserção de adornos bizantinos. Por aqui existem ainda muitos vestígios da segunda guerra mundial.

Por lá ficámos um pouco, apreciando tão imponente Catedral. Depois de conhecermos, um casal de portugueses, que ia connosco, mas que estavam imigrados na Inglaterra, seguimos viagem até à estátua em memória do maior ídolo da cidade, Pedro O Grande, o cavaleiro de Bronze.

O pedestal da estátua é a Pedra do Trovão, a maior pedra já movida pelos humanos. A pedra pesava inicialmente cerca de 1500 toneladas, e foi esculpida até 1250 toneladas durante o transporte para seu local actual.

Seguimos passeando pelas margens do Rio Neva, acabando mesmo em frente ao Museu Hermitage.

A partir daqui seguimos sozinhos, explorando esta magnífica cidade..

Fomos a pé até à fantástica Catedral do Sangue Derramado, uma igreja ortodoxa Russa, construída no local onde o Czar Alexandre II, foi assassinado, vítima de um atentado, no dia 13 de Março de 1881.

Durante a Segunda Guerra Mundial e o cerco da cidade, uma bomba atingiu a cúpula mais alta da igreja. A bomba não explodiu e permaneceu encerrada na cúpula da igreja durante 19 anos. Apenas quando os trabalhadores subiram à cúpula para reparar as goteiras, a bomba foi encontrada e retirada. Foi nessa altura que se decidiu começar o restauro da igreja do sangue derramado. Após 27 anos de obras de restauro, a igreja foi inaugurada como museu estatal, onde os visitantes podem conhecer a história do assassinato de Alexandre II.

O seu exterior encontra-se em obras de recuperação, mas o seu interior, cada canto, são autênticas obras de arte. Por lá ficámos horas pasmados com tanta beleza e história.

Saímos e fomos passeando pelas margens de um dos muitos canais que existem por cá, por aqui a cidade é direita e esta muito bem construída a partir da Nevsky Prospekt, uma avenida planeada por Pedro O Grande, como o início da estrada para Moscovo, tem início na praça do Palácio e termina do Mosteiro Alexander Nevsky. Ao sairmos e com direcção a Catedral de Nossa Senhora de Kazan, que conhecemos um cidadão do mundo, que já tinha estado em vários países a ganhar a vida com a sua máquina “mágica”… 🙂

Voltámos novamente à avenida Nevsky Prospekt e a Catedral de Nossa Senhora de Kazan…

A Catedral da Mãe de Deus de Kazan, é um templo ortodoxo, sendo um dos raros exemplos do estilo Império, obras realizadas na altura da Rússia Imperial. A Catedral tem esse nome pelo facto de a imagem que ela abriga ter sido encontrada na cidade de Kazan.

Foi construída na Avenida Nevsky entre 1801 e 1811, pelo arquiteto Andrei Voronikhin para que servisse de abrigo à imagem da Nossa Senhora de Kazan. Após as Guerras Napoleónicas, tornou-se um memorial militar para celebrar a vitória russa. Em 1932, já após a Revolução Socialista que definiu a Rússia como Estado ateu, a Catedral tornou-se um museu das religiões. Desde 2000, a Catedral é a filial do Patriarcado de Moscovo na cidade de São Petersburgo.

Entrámos no metro, não tão maravilhoso como o de Moscovo, mas com a segunda estação de metro mais profunda do mundo a Admiralteyskaya, ela está localizada a 85 metros do solo, só ultrapassada pela estação Arsenalna em Kiev, que está a 105 metros do solo.

Este nosso primeiro dia por São Petersburgo, tinha sido maravilhoso, mas era hora de retemperar forças e descansar, que o dia seguinte era reservado a vaguear pela cidade descansado e indo em busca dos míticos estádios do Zenit de São Petersburgo.

Mais um dia solarengo começava, e nós depois de termos descansado bastante, seguimos em direcção ao antigo estádio de futebol do Zenit.

Por aqui já jogaram alguns clubes portugueses como Benfica ou o Porto, muitas das vezes coberto de neve. Demos umas voltas e seguimos para o novo e majestoso estádio do Zenit, já inaugurado para o Mundial de Futebol.

Este estádio está localizado mesmo em frente ao Golfo da Finlândia, numa zona nova, que está a ser construída de raíz.

Os Russos são fanáticos por futebol, mas é aqui em São Petersburgo, que eles mais vibram. O Zenit tem neste momento a maior falange de adeptos da Rússia, devido aos bons resultados alcançados na última década, com a ajuda de vários jogadores portugueses. 🙂

Por lá passeámos em redor do estádio, descansámos e ao final da tarde voltámos para o centro da cidade.

O nosso objectivo era apreciar o por do sol na praça do Hermitage…

E foi mais um momento inesquecível..

Anoiteceu, e hoje mais frescos, fomos explorar as ruas. Não existe muito movimento de pessoas nas ruas, mas podemos andar em perfeita segurança.

Fomos beber um café num dos muitos bares que existem pelas ruas da cidade. 😀

Mais um dia tinha passado, era hora de ir descansar, estávamos a adorar estar aqui. Amanhã seria dia de visitar o Palácio de Verão de Pedro, O Grande…

Outro dia amanheceu e depois de tomarmos um bom pequeno almoço, saímos do hotel. E pela primeira vez, desde que aqui estávamos, uma pastelaria que estava mesmo ao lado do hotel não tinha fila… Entrámos e percebemos que estavam ainda a abrir, e que vendiam uma iguaria muito tradicional, uma espécie de bolos levados, mas em forma de Donut. Tínhamos de provar!!

Depois da degustação seguimos para o lugar onde iríamos apanhar a lancha rápida, e como parece que todos os caminhos vão dar ao Museu Hermitage, passávamos novamente por lá, não ainda para o visitar, mas para seguirmos em direcção ao rio, onde íamos apanhar uma lancha rápida até ao fantástico Palácio de Verão, o Peterhof! 😀

Decidimos dias antes, que iríamos de lancha rápida até ao Peterhof, mas depois regressaríamos de carro, o que se revelou ser uma grande aventura.

Seguimos então pelo Rio Neva em direcção ao Mar Báltico, entrando no Golfo da Finlândia.

Pelo caminho, antes de entrarmos no Golfo da Finlândia, vimos novamente os estádios de futebol do Zenit, o antigo e o novo.

Entrámos no paraíso… As águas calmas do golfo, a paz e a tranquilidade, seria um excelente início daquilo que iríamos visitar a seguir…

Uma hora depois, chegávamos ao magnífico Peterhof!!

Peterhof é uma verdadeira jóia da arte e da arquitectura russas, que vai muito para além do Grande Palácio. Na verdade, o conjunto é formado por mais dezanove outros palacetes, vilas e pavilhões, espalhados pelo parque de 1000 hectares, abrindo perspectivas inesperadas por entre a espessa vegetação. De entre estas construções destacam-se os Pavilhões de Monplaisir, Marly e Hermitage.

Do centro do Peterhof partem cinco avenidas que se dirigem para o mar: as quatro laterais, duplas, conduzem aos pavilhões de Monplaisir e do Hermitage; a central ladeia a parte esquerda do canal e conduz ao pequeno pórtico. No centro do lago, no qual começa o citado canal, eleva-se um repuxo de 20 metros, o mais alto dos dois mil que existem no Parque Inferior.

Conhecida por ter servido de habitação ao fundador da cidade, o Czar Pedro O Grande, foi erguida entre os anos de 1714 e 1725. No entanto, o monarca já planeava construir este magnífico edifício desde 1705, dois anos depois da fundação de São Petersburgo, a “Cidade de São Pedro”. Esta grandiosa obra é por vezes chamada de “Versailles Russo”. Fica situado nas proximidades de uma cidade de 82.000 habitantes com o mesmo nome, a cerca de trinta quilómetros de São Petersburgo (20 km a Oeste e 6 km a Sul), com vista para o Golfo da Finlândia. Assim como todo o Centro Histórico de São Petersburgo, o palácio do Peterhof faz parte do Património Mundial da Unesco.

A maior e mais bonita fonte de todo o parque, A Grande Cascata, prolonga-se por um grande canal, o Canal do Mar, até ao Mar Báltico. Ao longo dos vários hectares de parque, o Peterhof tem mais de cento e vinte fontes, todas elas de grande beleza e imponência. Todo o conjunto merece uma visita atenta, tanto pelo luxo dos interiores como pela magnificência do parque.

Por lá passeámos, compramos uma lembrança na feirinha, descansámos e comemos um gelado num dos seus muitos jardins. 🙂

Bom, era hora de voltar, estávamos a cerca de 40kms do centro da cidade, e decidimos voltar de transporte público. Quando compramos o bilhete de lancha, tinham nos dito que poderíamos regressar de transporte que estava incluído no preço. Procuramos transportes, até que depois de muito andar, lá encontramos autocarros e carrinhas familiares que levavam várias pessoas…

A confusão de pessoas era muita, perguntamos se ia para a estação de metro mais próxima disseram-nos que sim, mas sempre a despachar, como vem sendo hábito em São Petersburgo. As pessoas estão mais habituadas ao turismo, e são um pouco mais antipáticas, mas mais tarde fomos surpreendidos…

Entrámos dentro de uma carrinha de seis lugares e a loucura começou…

Ficámos atrás, literalmente na mala, onde tinham colocado dois bancos para levar mais pessoas. Acelerações, travagens bruscas, velocidades altas, ultrapassagens perigosas, apanhamos de tudo nestes 30 kms até a próxima paragem de metro…

Chegámos finalmente à paragem de metro, o nosso objectivo era ir até ao Palácio de Santa Catarina que ficava a cerca de dez quilómetros de onde estávamos..

Ao sair, já fora do carro, o condutor, diz-nos que temos de pagar o transporte, eu questionei-o a cerca do bilhete da lancha, e ele até fez de conta que não ouviu… Pediu-nos cerca de cinco euros por 30kms, lá pagámos e fomos embora. 🙁

Existia um mercado tradicional, mesmo em frente ao metro, por lá comemos e descansamos um pouco…

Uma banca de venda de óculos como nunca tínhamos visto…

O tão famoso peixe-seco…

Depois de uma volta pelo mercado a céu aberto, fomos em direção à paragem do autocarro que nos levaria para o Palácio de Santa Cristina. Esperamos mais de vinte minutos pelo autocarro, até que ele finalmente chegou. Entrámos no autocarro que andou umas seis paragens e parou numa estação de autocarros. As pessoas sairam todas e nós também tivemos de sair. Perguntamos ao condutor como se fazia para ir para o palácio e ele disse para irmos apanhar outro do outro lado da estação..

Fomos para lá, esperamos, esperamos, até que desesperamos à espera do autocarro…

Impressionante, o facto de, nesta meia hora que estivemos novamente à espera do autocarro, umas cinco pessoas tenham vindo ter connosco, a perguntar se precisávamos de alguma coisa e a disponibilizar o telemóvel com o “google maps “, para nos localizarmos…

Parece que havia greve de autocarros, sim por aqui também fazem greve, e não conseguimos ir… Na volta parámos num lugar caricato…

E com muitos produtos portugueses…

Decidimos voltar ao centro da cidade, passear um pouco mais, amanhã seria o último dia por cá..

Fomos provar finalmente Caviar..

Pela noite, fomos passear a pé desta vez mais no centro da cidade, onde podemos assistir a concertos de bandas ao ar livre, bebemos um café num dos famosos bares ao ar livre da cidade e passeámos tranquilamente pelas ruas de São Petersburgo.

Ao regressarmos a casa, a loja de brinquedos já estava fechada… 😉

O último dia por terras da Rússia amanheceu nublado e meio chuvoso. Depois de sete dias de sol radiante, hoje São Petersburgo acordou triste, sabia que mais a noite iríamos embora… 😉

Hoje tínhamos o dia todo para explorar o Museu Hermitage. Chegámos no horário de abertura as 10h e logo nos apercebemos que tínhamos feito a escolha certa em ter comprado os bilhetes com antecedência pela internet. Não existe fila para os que compram os bilhetes pela internet, e inclusivé entram numa porta mais privada. Do outro lado ja existia uma fila de mais de 500m.

É um dos maiores museus de arte do mundo e sua vasta colecção possui itens de praticamente todas as épocas, estilos e culturas da história russa, europeia, oriental e do norte de África, e está distribuída em dez prédios, situados ao longo do Rio Neva, dos quais sete constituem por si mesmos monumentos artísticos e históricos de grande importância. Neste conjunto o papel principal cabe ao Palácio de Inverno, que foi a residência oficial dos Czares quase ininterruptamente desde sua construção até a queda da monarquia russa. Organizado ao longo de dois séculos e meio, o Hermitage possui hoje um acervo de mais de 3 milhões de peças. O museu mantém ainda um teatro, uma academia musical e projectos subsidiários em outros países. O núcleo inicial da colecção foi formado com a aquisição, pela imperatriz Catarina II, em 1764, de uma colecção de 225 pinturas flamengas e alemãs do negociante berlinense Johann Ernest Gotzkowski.

Aqui dentro nos “perdemos” várias vezes, sem dúvida que nem numa semana conseguiríamos ver e apreciar todas as fantásticas obras que estão dentro do Hermitage, assim como o próprio edifício em si é uma verdadeira obra de arte!

De todos os quadros, destacamos alguns, e este em particular, “O regresso do Filho Pródigo”, de Rembrandt, um retrato pintado entre 1663 e 1669 e que tem um simbolismo enorme.

A parábola do retorno do filho do pródigo está no contexto dos ensinamentos de Jesus sobre a importância do perdão. Nela temos três personagens principais com suas respectivas ações: #O filho que, mesmo com o pai ainda vivo, solicita a sua parte da herança e gasta-a toda com jogatinas, mulheres e bebidas. Então ele se vê em apuros sem ter o que vestir, comer e onde dormir. Nesse momento de desespero ele cai em si e se lembra do aconchego da casa paterna e de tudo que ele abandonou. #O pai que, no seu imenso amor, reparte os seus bens e mesmo com o coração partido deixa o seu filho ir embora. Ainda assim, não pensa duas vezes e se enche de imensa alegria quando esse retorna mal tratado e de mãos vazias. No seu abraço, o pai é a figura do perdão incomensurável de Deus, esquecendo de todos os pecados do filho e vendo que seu arrependimento é verdadeiro, não lhe exige explicações. #O irmão mais velho, que permanecendo ao lado do Pai, cumpre as suas obrigações trabalhando e não exigindo nada. Esse, quando vê o seu irmão voltar, não participa da alegria do pai e exprime em palavras tudo o que sentia ao longo de sua vida. Ele cumpria as suas tarefas mas não as fazia com amor e sim por obrigação. Não se sentia à vontade na casa do próprio pai. Esse filho também precisava do perdão e do amor do pai para que os três se entendessem e se amassem.

A parábola exprime a supremacia do amor e do perdão versus a ganância e também a obrigação. Alerta para a necessidade de cultivar e explicitar o amor. Não basta não ter conflito, é preciso diálogo, compreensão e amor. É uma das mais belas parábolas da Bíblia.

E nós estávamos aqui!!!Emocionante!!

Outros dois quadros, os mais antigos do Hermitage, são a Madonna Litta, um quadro pintado entre 1452 e 1519 de Leonardo da Vinci está divido apenas em dois planos e é apresentado na posição vertical. No centro, está a Madona amamentando um bebé enquanto olha para ele, já a criança encara fixamente o observador. Ambos os personagens têm expressões faciais com ampla carga emotiva.

A Madona Litta dever ser uma das únicas pinturas da Madonna e o menino Jesus concebidas no estúdio de Leonardo antes ou durante sua primeira fase milanesa (entre 1481-3 e 1499), decorrida no período da Alta Renascença.

Bem perto está outra magnífica tela de Leonardo da Vinci a Madonna de Benois, ainda mais antiga, data de 1475 a 1478 e retrata a Maria e a criança em um jogo de olhares que fazem parecer muitíssimo natural e que não pode ser achado em nenhuma pintura italiana contemporânea da Madonna.

De seguida passamos para a parte das esculturas, onde podemos apreciar centenas… A destacar a Afrodite, um trabalho do século II que foi encontrada em Roma em 1719 e foi oferecida a Pedro, O Grande pelo Papa Clemente XI.

Encontrámos também a escultura das três mulheres…

Vagueamos horas a fio dentro do museu, mas era hora de voltar, são três milhões de peças carregadas de história e mística… Saímos do Hermitage com o coração cheio… 🙂

Até um dia São Petersburgo!!