Um Cruzeiro pelo Mar Mediterrâneo

Um Cruzeiro pelo Mar Mediterrâneo

12 de Fevereiro, 2017 7 Por Vitor Martins

Em Janeiro recebo um telefonema de um amigo – Carlos Marquês – gerente de loja na agência de viagens Abreu, tinha uma promoção que não poderíamos perder, um cruzeiro saindo de Barcelona e passando por Palma de Maiorca, Roma, Florença e Piza, Savona, Marselha e por fim novamente Barcelona da companhia de cruzeiros Costa por um preço imbatível.

Seria o meu quinto cruzeiro, somos fãs!!! Hoje em dia os cruzeiros são autênticos hotéis flutuantes onde podemos aliar descanso e conhecimento, ao descobrir todos os dias novas cidades e países, ainda que de forma superficial.

No entanto ficas a conhecer, e podemos sempre voltar e  permanecer mais dias para explorar com calma.

Normalmente os pacotes de um navio de cruzeiro incluem comida, água e refrigerantes, praticamente durante todo dia. As bebidas alcoólicas são compradas à parte, a maior parte das companhias têm pacotes de bebidas, neste caso fizemos um upgrade e por mais 20€ ficámos com tudo incluído, vinho, cerveja e bebidas espirituosas.

A ideia que os navios de cruzeiro são para idosos penso estar já no passado e cada vez se vê pessoas mais jovens a desfrutar deste tipo de férias. Existe uma dinâmica fantástica dentro de um navio com actividades diárias para todo o tipo de gostos.

Saímos do Porto com destino a Barcelona, a nossa ideia neste primeiro dia em Barcelona era visitar o estádio Camp Nou e seguirmos para o navio para começarmos a desfrutar de todas as coisas boas que ele tem para nos oferecer.

E assim começou a nossa aventura, chegámos a Barcelona numa manhã chuvosa, apanhamos o metro e lá fomos nós de malas nas mãos em direcção ao Camp Nou. Já por lá tinha passado em 2008 com a Ana, mas não entrámos, hoje era o dia! 🙂 Como amantes de futebol tínhamos de entrar e ver os bastidores do maior estádio de futebol da Europa e um dos maiores do mundo…

Entrámos e não nos desiludimos!! Passámos primeiro pelo Museu com todas as taças conquistadas e são muitas, depois descemos aos balneários e entrámos na sala de conferência de imprensa… 🙂

De seguida entrámos no túnel de acesso ao relvado e pisámos o relvado, uma sensação indescritível para qualquer amante de futebol. Por fim subimos ao lugar onde os jornalistas relatam os jogos na bancada central, a vista do estádio dali é impressionante.

2017-02-13 10.36.01

Ainda só tinha passado uma manhã e já tínhamos vivido grandes emoções, mas agora era hora de ir relaxar no hotel flutuante… 🙂

Chegámos ao porto de Barcelona por volta das 14h, fizemos o check-in e instalámos-nos naquela que iria ser a nossa casa durante uma semana…

O Costa Diadema é um navio de cruzeiro que foi inaugurado em 2014, tem 307 metros de comprimento e 12 andares, capacidade para cerca de 6000 passageiros, 7 restaurantes, 11 bares, 1 discoteca, 1 spa, 4 piscinas (1 infantil), 8 jacuzzis, teatro de 3 andares, cinema 4D, casino, simulador de F1, tela gigante e muito mais à nossa espera para uma semana em grande!! 🙂

Almoçámos e fomos relaxar na piscina interior até o navio arrancar por volta das 18h.

Saímos de Barcelona, navegámos durante a noite, que aproveitámos bastante, jantámos no restaurante principal, percorremos os bares para provar os cocktails e travamos novas amizades…

No dia seguinte acordámos em Palma de Maiorca, saídos do navio apanhámos um autocarro para o centro da cidade, que percorremos a pé apreciando o que estava à nossa volta. A primeira, e obrigatória, visita é a catedral de Palma de Maiorca, popularmente conhecida como a Seu, é o principal edifício religioso da ilha de Maiorca, e é a sede da diocese de Maiorca. O prédio é enorme e está entre as maiores catedrais góticas europeias, a sua cúpula tem uma altura de 44m, sendo superada apenas pela catedral de Beauvais a mais alta catedral gótica do mundo 48m. É realmente um lugar mágico, dali temos uma vista lindíssima para o mar mediterrâneo e para a linda cidade de Maiorca.

Depois da visita à Catedral, bebemos um café nas esplanadas que a cercam, aproveitámos o solarengo dia, e ainda vistámos o Castelo Bellver, que fica no topo de uma colina nas imediações do porto de Palma de Maiorca, e permite por isso uma vista abrangente sobre a capital da ilha. Trata-se de um edifício defensivo que apresenta um curioso formato circular (uma completa novidade para mim, habituado a ver castelos em Portugal). Ao que consta, haverá apenas outros dois castelos de planta circular em toda a Europa.

O dia estava a terminar em Palma de Maiorca, era altura de voltar para o hotel flutuante. O dia seguinte, era dia de navegação, não iríamos sair do barco, atravessaríamos a Sardenha em direcção a Roma. Foi o dia para aproveitar o entretenimento que o navio disponibilizava, depois de um acordar mais tardio, almoçámos e aí fomos nós à descoberta… fomos ao simulador de F1, experimentámos os jacuzzis e a piscina interior, passeámos na pista do último andar, descansámos nas esplanadas a apreciar a imensidão do mar que nos rodeava… e à noite ainda assistimos a um filme 4D… fabuloso, mais uma experiência fantástica, parece que estamos, literalmente, dentro do filme.

2017-02-14 10.48.16

No dia seguinte acordámos em Civitavecchia, a cidade tem um dos maiores portos de navios de cruzeiro do mundo, este porto faz ligação à cidade de Roma, cidade que já conhecíamos, pelo que decidimos ficar e explorar Civitavecchia. Mesmo à saída do porto visitámos o forte Michelangelo e aproveitámos o belo dia numa esplanada a beber uma cerveja Nastro Azurro, a cerveja típica italiana.

Apanhámos um autocarro até ao centro da cidade e depois de um passeio pela marginal e pela praia, que no verão está sempre cheia de turistas, decidimos ir a uma pastelaria que tinha jogos tipo “raspadinha”, no interior da estação de comboios da cidade (onde ficámos a saber que existem 46 comboios diários bastante baratos directos à cidade de Roma, o preço médio são 11€ ida e volta e demoram cerca de 1h a chegar a Roma). Ao chegarmos, comprei uma raspadinha e paguei com uma nota de 20€ e o dono do estabelecimento deu-me o troco como se fosse de 10€. Arrumei o dinheiro e não me apercebi, quando saímos fomos beber um café e apercebi-me de que ele se tinha enganado, voltei, expliquei a situação, eles não estavam a querer perceber, mas eu disse para eles irem ver nas câmaras de vigilância e passado mais de 30m, a pessoa que deu o troco já nem sequer apareceu mas o novo caixeiro devolveu-me os meus 10€ e seguimos para o barco novamente.

Qualquer viagem, seja para que destino for, leva-nos a colocar obstáculos muitos apenas existentes na nossa cabeça, mas temos que ter frieza (o que nem sempre é fácil…), e pensar que estamos a lidar com humanos também, e sabendo viver em comunidade e respeitando o próximo, as situações tendem a se resolver, claro que se lidarmos com pessoas de bom senso também, mas acima de tudo temos que tentar abrir a mente e lidar com as situações como se estivéssemos em casa.

O dia por Civitavecchia tinha terminado, seguimos em direcção a La Spezia, um dos portos que faz ligação a Piza e Florença, e era exactamente para lá que seguíamos amanhã.

Nessa noite, após o jantar fomos até um bar onde conhecemos dois irmãos bolivianos, estivemos uma boa parte da noite em conversa onde pudemos partilhar mutuamente as nossas culturas. Ficou uma amizade, principalmente com o Vitor que é médico em La Paz, mas tem o desejo de vir para Madrid onde tem a família.

Acordámos em La Spezia, foi o único dia que contratamos uma excursão de um dia (dentro do navio podemos contratar excursões organizadas para todas as paragens que fazemos), achávamos por bem conhecer mais da história destas duas bonitas cidades de Itália e, principalmente, porque o porto fica a 170kms de Florença.

Entrámos na região da Toscana em direcção a Piza, a paisagem é linda, serras verdejantes e vinhas e mais vinhas…

O nosso destino em Piza era a sua icónica torre. Está situada atrás da catedral, é o campanário da mesma, e é a terceira mais antiga estrutura na praça do Campo dei Miracoli, depois da catedral e do baptistério.

Embora destinada a ficar na vertical, a torre começou a inclinar-se para sudeste logo após o início da construção, em 1173, devido a uma fundação mal consolidada e mal construída, que permitiu à fundação ficar com assentamentos diferenciais. Actualmente inclina-se para o sudoeste. A altura do solo ao topo da torre é de 55,86m no lado mais baixo e de 56,70m na parte mais alta. A espessura das paredes na base é de 4,09m e 2,48m no topo. Seu peso é estimado em 14 500tn. A torre tem 296 ou 294 degraus: o sétimo andar da face norte das escadas tem dois degraus a menos. Antes do trabalho de restauração realizado entre 1990 e 2001 a torre estava inclinada com um ângulo de 5,5 graus, estando agora a torre inclinada em cerca de 3,99 graus. Estar ali, num dos mais icónicos monumentos do mundo é uma sensação indescritível. 🙂

De seguida fomos visitar a Catedral de Piza, um templo católico dedicado à virgem Maria. Está inserido na Piazza dei Miracoli e é considerado património da Humanidade.

O dia já ia longo e apesar de estar meio nublado ainda não tínhamos apanhado chuva, o que tornava a nossa passagem por Piza ainda mais inesquecível… depois das fotos da “praxe”, ficou a promessa de um dia voltar com mais calma para passar uns dias.

Seguimos em direcção a Florença onde iríamos almoçar. Antes do almoço entrámos na Piazza Duomo…

Quando entras na Piazza Duomo tens certeza que estas realmente em Florença! É um dos lugares mais extraordinários de Florença não apenas pela beleza da catedral, mas pela quantidade de pessoas de países diferentes por metro quadrado! Se pararmos um bocadinho vamos ouvir dezenas de línguas diferentes. É uma verdadeira experiência antropológica!

Embora o Duomo seja um óptimo ponto de referência em Florença, pode não ser uma boa ideia marcar um encontro lá: existe sempre muita gente por lá, é uma área muito ampla, vai ser fácil ficar à espera de um amigo de um lado enquanto seu amigo já está a resmungar pelo seu atraso do outro lado. 🙂

De seguida passámos pela Piazza della Repubblica ou Praça da República que é uma das zonas mais nobres de Florença e o coração da cidade, aqui encontram-se alguns dos cafés mais antigos da cidade, como o Gilli (desde 1733) e o ou o Paszkowski (desde 1846), além do sofisticado Hotel Savoy. Mais recentemente foi inaugurado nesta praça também o Hard Rock Café. Encontra-se ainda, nesta praça a famosa Colonna della Dovizia ou Colonna dell’Abbondanza, que foi erguida em 1431 e recebeu no topo uma estátua realizada por Donatello. Em 1721, a estátua de Donatello após anos de sol e chuva, caiu no chão despedaçando-se e foi substituída no ano sucessivo com uma parecida, realizada por Giovan Battista Foggini. Antigamente a praça era o ponto de um antigo mercado da cidade, que sucessivamente foi transferido para a Loggia del Mercato Nuovo (a poucos metros de distância) também conhecida como Loggia del Porcellino, diz a lenda que se colocarmos uma moeda na língua do porquinho, se ela cair dentro da grade em frente, voltaremos a Florença mais vezes…

A área onde encontra-se a Piazza della Repubblica foi completamente transformada em ocasião da Proclamação de Florença como capital de Itália (1865-70) colocando fim às ruínas do antigo gueto judeu (Il Ghetto). A actual praça que se vê hoje é resultado da transformação urbanística daquela época.

Hora de almoço, pizza num restaurante nas imediações e ficámos com tempo livre para ir explorando ainda mais esta belíssima cidade. Optámos por descansar um pouco, pois de seguida iríamos visitar outra famosa praça em Florença,a Piazza della Signoria

Florença surpreende sempre pela  sua beleza. Se ficámos admirados com a beleza da Piazza Duomo… bem, digamos que a Piazza della Signoria não fica atrás. Aqui encontra-se o Palazzo Vechio, sede da câmara municipal, a tradição política é antiga e vem desde o século XIV. A praça já foi palco de eventos interessantes como o Falò della Vanità promovido pelo frade dominicano Girolamo Savonarola, que queimou na praça objectos pecaminosos como livros e pinturas (um ano mais tarde o tal frade foi acusado de heresia e foi queimado nesta mesma praça, existe um cartaz de mármore em frente a fonte de Neptuno). Aqui também foi comemorado o retorno dos Medici ao poder em 1530. Também de incrível beleza é a Loggia dei Lanzi, uma pequena galeria aberta desenhada por Orcagna em 1376. Entre as obras de arte expostas, vale a pena ver a estátua de Perseu com a testa de Medusa obra de Cellini (1554) e o Ratto di Sabine de Giambologna.

Passámos também pela Loggia del Mercato Nuovo, para ver então a sua principal atracção, a Fontana del Porcellino, assim conhecida, mas que não é um porco mas um javali. É uma escultura de bronze do século XVII do artista Pietro Tacca cujo original está localizado no Palazzo Pitti, que por sua vez é uma cópia de uma escultura helenística conservada no Uffizi. Existem mais lendas além da descrita atrás, outra é que tocar o nariz traz boa sorte, aliás o procedimento completo para a obtenção de um bom presságio é colocar uma moeda na boca do Javali, depois de ter esfregado o nariz: se a moeda cai dentro da grade onde a água cai vai trazer boa sorte, caso contrário, não.

O tempo era curto, logo de seguida visitámos a Ponte Vecchio ou Ponte Velha,um ex-líbris da cidade de Florença…

A Ponte Vecchio é para Florença o que o Coliseu é para Roma, já que sua imagem é a mais conhecida e representativa da cidade. A ponte é o símbolo do romantismo que inunda toda Florença, as suas origens remontam ao ano 1345, o que faz dela a ponte de pedra mais antiga da Europa. Nos séculos XV e XVI, as suas casas suspensas foram ocupadas por talhantes mas, quando a corte mudou para o Palácio Pitti, Fernando I mandou fechar os comércios pelo cheiro desagradável. Desde então, as lojas foram ocupadas por joalheiros e ourives.

Durante a II Guerra Mundial a Ponte Vecchio foi a única das pontes em Itália que não foi destruída pelos Alemães.

E a noite estava a chegar, nada melhor que sair de Florença com a promessa de voltar mais dias para explorar uma das mais belas cidades do mundo… Até já Florença!

O nosso navio esperava por nós para mais uma noite animada, cheia de novos conhecimentos, novas aprendizagens, tudo o que procuramos numa viagem…

O dia seguinte amanheceu solarengo e o nosso navio atracado no porto de Savona, um porto pequenino para um barco tão grande…

A cidade é pequena mas muito limpa e organizada, passeámos pelas suas ruas e bebemos um café nas esplanadas espalhadas à beira mar, como decidimos não sair da zona central da cidade fomos para o navio mais cedo e aproveitámos os jacuzzis e a piscina interior. Saímos ao pôr-do-sol em direcção a Marselha, sempre com a música linda e intemporal de Andrea Bocelli, “con te partiró“… Fabuloso!!! Mítico!!!

2017-02-18 17.04.17

No dia seguinte acordámos em Marselha, numa manhã de sol, tínhamos o dia todo por lá e decidimos apanhar um autocarro que nos leva ao porto de pesca de Marselha… um lugar encantador!!! Por lá apreciámos os vendedores de peixe, o dia-a-dia das pessoas, os restaurantes, a roda gigante cheia de gente, o mega espelho que existe numa entrada da estação de metro. De seguida decidimos subir a pé a Notre Dame de la Garde… a subida foi difícil e íngreme mas quando chegamos ao topo, ter aquela vista compensou o esforço!!

A Basílica de Notre dame de la Garde protege Marselha há 800 anos… Ponto de referência dos visitantes no céu de Marselha, a Basílica e sua estátua monumental da Virgem, ergue-se orgulhosamente no alto da colina, sendo um monumento preponderante da cidade, a sua arquitectura de inspiração romano bizantina, assim como o panorama que oferece lá de cima, atraem, todos os anos, quase um milhão e meio de fiéis e turistas. A riqueza da sua ornamentação interna testemunham a gratidão dos habitantes para com Maria. Parece que estamos acima das nuvens!! A partir de lá temos uma vista de 360º graus sobre a cidade de Marselha e o seu velho porto de pesca… do outro lado podemos apreciar o mítico e novo estádio Velódrome.

A vista estava fantástica mas era hora de descer, ainda voltaríamos a passar pelo porto velho onde comemos um gelado, e de seguida passámos na catedral de Marselha, no Forte de Saint-Jean e na zona de Saint Victor… sim isso mesmo!!! 🙂

Marselha é a segunda cidade mais populosa de França e está situada num lugar fantástico à beira do mediterrâneo. Os habitantes de Marselha, uma das mais belas cidades da Europa ficaram para sempre marcados com o hino e o que na altura representou para os seus militares… Marselha sempre foi uma cidade de extrema importância estratégica desde a idade média, mas em 1792 a  população local abraçou com entusiasmo a Revolução Francesa e 500 voluntários marcharam para Paris para defender o governo revolucionário. Na sua marcha de Marselha a Paris cantavam uma canção, que passou a ser conhecida como La Marseillaise, hoje em dia convertida no hino nacional da França.

Marselha tem uma história incrível…

Era hora de voltar ao navio, com tanta aprendizagem, mas acima de tudo com vontade de regressar…

A nossa última noite no navio estava a começar, e já com muitos amigos festejámos até bem tarde!!

No dia seguinte, acordámos pela manhã em Barcelona, novamente, onde passeámos pelas Ramblas repleta de pessoas, visitámos o famoso mercado La boqueria, com os seus tradicionais produtos da Catalunha, fomos visitar a Sagrada Família, uma obra sempre inacabada mas que tem muitas melhorias desde 2008, a última vez que a tínhamos visitado…

Fomos visitar o parque Guell e voltámos para almoçar nas Ramblas, tínhamos voo a meio da tarde para o Porto.

Por fim lá chegámos ao Porto, com muitas histórias na mala e com a certeza que tinham sido umas fantásticas férias com novas aprendizagens… A viagem no navio deixa-nos sempre com saudades, a forma profissional como somos tratados, a sua dinâmica com inúmeras diversões a bordo, a possibilidade de estar em sítios diferentes todos os dias… são férias inesquecíveis…

Achamos que vale bastante a pena viajar a bordo de um navio de cruzeiro!! 🙂