Ilha da Madeira
A Pérola do Atlântico – Madeira… Duas vezes que fui à Madeira… 2004 e 2008… Duas viagens únicas! 🙂
A primeira viagem foi em Dezembro de 2004 e depois voltámos em Novembro de 2008.
Fui com o meu pai nas duas, que em 2004 andou pela primeira vez de avião. Foi para nós uma viagem inesquecível, a possibilidade de poder levar o meu pai a fazer uma coisa que nunca tinha feito, foi para mim um momento inesquecível. Saímos de Lisboa, numa manhã de sol, a ansiedade tomava conta de nós… Entrámos no avião, tudo era novo para o meu pai, num ápice estávamos no ar a apreciar a linda Lisboa vista lá do alto… Os sentimentos misturavam-se, por um lado a ansiedade e por outro a emoção de ver o meu pai admirado pelo que estava a acontecer! 🙂
Passadas 2h aterrávamos e tudo também era novo para mim. Tantas emoções, tanta alegria, que foi culminada com a nossa chegada à Pérola do Atlântico! 🙂
A cidade do Funchal esperava por nós de braços abertos e com aquelas temperaturas de Dezembro de fazer inveja a qualquer pessoa que viva em Portugal Continental. Seguimos até ao hotel na zona do Lido, o hotel Alto Lido… uma excelente opção para quem quer visitar a ilha, a localização é boa, os quartos confortáveis e tem piscina interior para podermos relaxar no fim de cada dia… 🙂 http://www.grupocardoso.pt/
Das duas vezes optámos por um carro alugado e ficámos na zona do Lido, é uma zona de hotéis mesmo às portas do Funchal. Foram oito dias inesquecíveis,desde a subida ao Pico do Areeiro, às profundezas do Curral das Freiras.
Na parte norte da ilha a Vila de Porto de Moniz e as suas piscinas naturais brindam-nos com uma vista fabulosa e uma vontade enorme de dar um mergulho nas suas águas quentes! 🙂
Seguindo para sul, a vila de Santana e as suas casas típicas remontam-nos a um Portugal rural e a uma beleza natural fascinante.
Na zona do Funchal vimos muita construção, acho até exagerada e que retira um pouco da beleza natural da ilha, mas mesmo assim é uma cidade linda. A ilha têm as montanhas literalmente “furadas”, pelos túneis que ligam as estradas que percorrem o seu perímetro. São obras realmente impressionantes, muitas pessoas se questionam acerca desta obra, que acaba por estragar um pouco a beleza natural da ilha, no entanto temos que concordar que todas estas ligações de acesso, possibilita às pessoas estarem muito mais perto dos grandes centros.
É o velho dilema do equilíbrio “Homem-Natureza” em seu estado puro… 🙁
Apesar de tudo, adorei esta nossa ilha, adorei a gastronomia com as espetadas em pau de louro e a poncha, e principalmente as suas gentes. São ilhéus típicos onde a calma impera!
Fomos sempre magnificamente tratados, por onde passamos, de uma ponta à outra, da ilha.
Da segunda vez tivemos a oportunidade de assistir a uma partida de futebol no estádio da Choupana e outra no antigo estádio dos Barreiros, interessante para quem gosta de futebol… Para chegarmos à Choupana parece que não paramos de subir… o estádio está muito alto e por vezes o nevoeiro assola o relvado como foi o caso naquele dia, mas nada que impedisse a realização do jogo! 🙂
Adorei ver a alegria do meu pai, não só pela viagem de avião em si, mas por tudo o que lhe pude proporcionar. 🙂
No Funchal subimos no teleférico até ao Monte. A freguesia compreende algumas das encostas norte do anfiteatro do Funchal, estando a uma altitude compreendida entre os 314m e os 1300m de altitude do Poiso. É lá em cima que está a Igreja de Nossa Senhora do Monte e a Capela de Nossa Senhora da Conceição, que foi totalmente destruída pela força das águas no temporal da Madeira em 2010, aqui ainda estava intacta…
É também a partir do Monte que descem os tradicionais carrinhos de cestos, que são guiados por dois condutores e descem até ao Funchal… eles utilizam botas especiais para conseguir travar o cesto e transportar as pessoas em segurança… é uma experiência muito engraçada para quem gosta de aventura!! 🙂
Voltámos novamente ao Funchal, pegámos no carro, o transporte ideal para nos movimentar-mos na ilha e fomos em direcção a Machico… Lá está o aeroporto, renovado e ampliado depois do grande acidente de 19 de Novembro de 1977, onde tínhamos descido dias antes. É mesmo assim, uma pista pequena e que mete respeito a qualquer pessoa e até aos próprios pilotos…
Machico tem uma baía linda e digna de paragem obrigatória para apreciar a vista…
Seguimos em direcção a São Vicente novamente, os túneis multiplicam-se, as cascatas e as falésias são gigantes e lindas…
Passámos de seguida pelo túnel do Véu da Noiva, o mais antigo e emblemático túnel da ilha da Madeira, pelo seu enquadramento paisagístico e elevado interesse turístico… colapsou em 2008, localizava-se sob um vale suspenso, por onde a água da ribeira João Delgado caía directamente para o mar formando uma cascata. O colapso foi devido ao recuo da arriba subjacente pela acção erosiva do mar, envolvendo a parte da ER101 onde se situava o túnel e formando uma fajã na sua base. 🙁
De São Vicente, passámos o maior túnel da Madeira, o Santa Cruz, de maior secção com quatro vias de tráfego. A título de exemplo refira-se que, antes da execução da via rápida e das vias expresso, para se fazer a deslocação entre Funchal e Porto Moniz, povoação localizada a noroeste da Ilha, seriam necessárias 3h. Após a construção destas vias, apenas são necessários cerca de 45 minutos…
Chegámos a Ribeira Brava e parámos para tomar um café..
De seguida fomos visitar as famosas plantações de banana da Madeira, que sustentam centenas de famílias nesta zona da ilha..
A ilha da Madeira já mudou muito, tem muito mais turismo, muito mais atracções, já vimos aqui que já não tem a igreja original do Monte, nem o túnel do Véu da Noiva, estamos com muita vontade de regressar e mostrar aos nossos filhos esta Pérola… 🙂
A ilha da Madeira onde eu e o meu pai passámos oito dos mais fantásticos dias das nossas vidas, serviu para apreciar as lindas paisagens, mas acima de tudo para nós os dois nos conhecermos melhor… É por viagens como esta que adoro viajar, podemos viver 100 anos mas estas duas viagens nunca esqueceremos… Serão eternas na nossa memória… Obrigado Madeira 🙂