Riviera Maya – México

Riviera Maya – México

10 de Junho, 2016 2 Por Vitor Martins

O Vitor júnior começava as férias de Verão, o 1º ano já ficava para trás, passou com distinção para o 2º ano, e conforme o prometido fomos de férias até à Riviera Maya no México, até porque ali poderíamos aliar descanso e cultura. 🙂

Não é de todo o nosso registo de viagens preferido, mas conseguimos uma promoção fantástica com tudo incluído no resort Catalonia Playa Maroma que se veio a revelar uma excelente escolha!! 🙂

Fomos via Madrid. Quando esperávamos o avião para Cancun, tivemos uma agradável surpresa, um Airbus A380, o júnior ficou espantado com o seu tamanho, para nós já não era nenhuma novidade, já tínhamos, inclusivé, andado em vários, mas ele era a primeira vez que via um “gigante dos céus”.

Chegámos a Cancun ao final do dia, ainda fomos de autocarro até à ao resort… já era noite quando chegámos ao Catalonia Playa Maroma já de noite… jantámos num dos muitos restaurantes do resort e tínhamos de ir mandar um mergulho no mar das caraíbas!! O dia seguinte acordou meio nublado mas depressa as nuvens se dissiparam e o calor tropical veio em força. 🙂

Os dias seguintes iriam ser dias de família, descanso e lazer, bons mergulhos na piscina e na maravilhosa praia Maroma, para mim uma das melhores, senão a melhor, praia da Riviera Maya.

O resort Maroma está inserido na floresta, os animais especialmente o “coati” vivem com os residentes no resort, os quartos estão inseridos em vivendas muito espaçosas e cheios de jardins/floresta à volta, um verdadeiro paraíso.

No terceiro dia decidimos ir dar uma volta a pé de cerca de 4kms para cada lado a uma outra praia quase deserta que tem cabanas sobre o mar. Arrancámos de manhã depois do pequeno-almoço, numa viagem que se tornou fantástica porque podíamos ir a banhos sempre que nos apetecesse e podemos apreciar águas límpidas e no fim as magníficas cabanas no mar. Brincámos muito os quatro, sim ainda não tinha contado essa grande novidade!! O Pedrinho também já foi connosco até ao México e portou se lindamente!! 🙂

Voltámos ao hotel a meio da tarde para repor energias, e voltámos para as brincadeiras na praia. Num instante se tinham passado quatro dias. Logo no primeiro dia fomos aliciados pelo hotel para fazer excursões ao Chichén Itzá, mas nós já tínhamos falado com o grande Miguel Castela da Exploratours (um português que foi para Playa del Carmen há vinte anos atrás e organiza tours em português com grande qualidade). Foi com ele que fomos a uma das sete maravilhas do mundo: o Chichén Itzá!!!! Chegámos à nossa quinta maravilha do mundo moderno e não nos desiludiu…

A forma como foi construído o templo e tudo o que o rodeia, mostra-nos quão avançado era o povo Maya. De seguida fomos visitar o cenote de Ik Kil, um dos mais conhecidos da Riviera Maya devido aos saltos do Red Bull Mexico Cliff Diving. Os cenotes são formações geológicas comuns em regiões de baixas latitudes, particularmente em ilhas, regiões costeiras e plataformas com recentes formações calcárias pós-paleozóicas que têm pouco desenvolvimento do solo. Especialmente associados com a zona de Yucatan no México, os cenotes eram usados em alguns rituais de sacrifício da civilização Maya. O termo deriva de uma palavra utilizada pelos maias do yucatan das terras baixas, “Ts’onot” refere-se a qualquer local com águas subterrâneas acessíveis. Um lugar único de águas frias onde mergulhámos, almoçámos e apreciámos a sua beleza natural.

A nossa paragem seguinte seria na típica cidade de Valladolid. Localizada a meio do caminho entre Mérida e Cancun, a colonial Valladolid é a terceira maior cidade de Yucatan e um local chave, desde o qual poder explorar a região em volta. Está construída sobre o antigo centro cerimonial maia de Zací. O centro da cidade é o Parque Francisco Cantón Rosado, onde encontramos a Igreja de São Servacio. Na verdade, são sete igrejas coloniais localizadas em Valladolid e a cidade recebeu o apelido de “Sultana de Oriente”, devido a seu rico esplendor colonial.

De seguida dirigimo-nos para o sudoeste do parque central e a praça principal para chegar à igreja e Convento de São Bernardino de la Sierra, que data do século XVI. Conhecido de maneira regional sob o nome de Convento del Sisal, a igreja e Convento de São Bernardino é um dos edifícios coloniais mais bonitos de Valladolid. No interior da igreja há frescos originais e dentro das paredes do edifício do convento, encontram-se alguns jardins e um grande cenote. Valladolid é o lugar ideal para degustar alguns dos pratos da cozinha regional de Yucatan, incluindo o prato distintivo da cidade, lomitas de Valladolid (carne de porco no molho de tomate e alho). Outros pratos de origem maia, que encontramos muito provavelmente, nos cardápios dos restaurantes de Valladolid, incluem linguiça, frango em escabeche e peru oriental.

Seguimos em direcção às ruínas de Ek Balam no distrito de Valladolid, ao entrar na cidade, a primeira coisa que se observa são bases de muros de pedra. Apesar de agora serem apenas bases, escavações já provaram que os muros tinham 1,5m de altura x 3m de largura, íngremes e duplos, como nas antigas cidades medievais. O arco da entrada é bem diferente também, com 4 portas, sendo 2 rampas e 2 escadas, provavelmente tinha um sentido cerimonial para entrada na cidade. Quando entramos ao fundo temos a Acrópole, a posição tem tanto valor simbólico (elevar e enobrecer os valores humanos) como estratégico, pois dali podia ser melhor defendida. Do cimo da estrutura maia 32m em escadas, que tivemos de subir para podermos apreciar a paisagem da península, e foi o que fizémos os quatro… Que sensação de relaxamento…

 

O nosso dia com o Miguel tinha chegado ao fim, mas daqui a dois dias estaríamos novamente para mais uma grande aventura pela cultura maia.

Os dias seguintes foram de relaxamento total, de brincadeiras, de aproveitamento do magnifico mar das caraíbas e do magnífico serviço do Catalonia, onde destacamos os belos restaurantes com comida internacional e nacional sempre deliciosa, os cocktails e todas as bebidas que pudemos degustar quer junto ao mar quer junto à piscina. À noite, podíamos relaxar a ouvir música na praia nos sofás na areia. São sensações indescritíveis! 🙂

No penúltimo dia pelo México fomos a Tulum, uma zona ligada à cultura Maya. Diz-se que foi aqui que terminou a civilização Maya. Tulum situa-se ao longo da costa do mar das caraíbas, no sudeste do México, no estado de Quintana Roo, inserido na Riviera Maya. O local é magnífico e cheio de iguanas.

De seguida passámos por uma das praias mais famosas do mundo… a Praia Paraíso… aqui pudemos apreciar as palmeiras literalmente no meio da praia muitas delas deitadas… fantástico!!

Fomos degustar o maravilhoso e típico coco numa aldeia próxima e de seguida partimos para uma recriação de uma aldeia Maya, onde pudemos apreciar todos os seus hábitos e costumes diários, incluindo os rituais. Foi uma experiência extraordinária.

O dia ia terminar em Cobá, é uma grande cidade em ruínas da civilização maia. A maior parte da cidade foi construída em meados do período clássico da civilização maia entre os anos de 500 e 900 da nossa era. Após 1000, a cidade perdeu importância política, ainda que pareça ter conservado a sua importância simbólica e ritual, que lhe permitiu recuperar certa hierarquia entre 1200 e 1500, quando se construíram diversos edifícios já dentro do estilo “costa oriental”. Cobá tem como principal monumento a pirâmide de Nohoch Mul ou o “Castillo”, com 42m de altura. Podem ser encontradas estrelas, ricamente trabalhadas em baixo relevo, do final do período clássico. Possui um observatório astronómico, um campo de jogos para o jogo de bola e uma pirâmide pequena logo na entrada da zona arqueológica. A pirâmide de Cobá domina uma região de lagos. Uma via sagrada maia ou “scabé” ligava-a à cidade de Yaxuna, em perfeita linha recta e com uma extensão de cerca de 100 Km. Eu e o Vitor júnior conseguimos subir as “escadas” em ruínas com 42m de altura e podemos apreciar a paisagem em seu redor… que sensação! Lá de cima só vemos vegetação em toda a volta.

 

E num ápice estas férias estavam a chegar ao fim. Estávamos no último dia, era dia de descansar para a viagem de regresso, mas não sem que antes assistíssemos a uma tempestade tropical momentânea… De repente ficou tudo escuro e em quinze minutos choveu torrencialmente e voltou tudo ao normal… meia hora depois já andávamos todos na praia… isto é o Caribe… 🙂

Era hora de regressar… mas a Riviera Maia ficou para sempre nos nossos corações! <3