Singapura

Singapura

7 de Março, 2015 0 Por Ana Carvalho

Em Março de 2015 fomos visitar a cidade dos contrastes…

Chegámos a Singapura numa manhã quente e húmida. Iríamos ficar uma noite, no dia seguinte arrancávamos para Malaca a meio da tarde e depois voltaríamos passados três dias, para mais uma noite. Por fim, no regresso da Austrália, ficaríamos mais uma noite…

Por Singapura, o futuro e o passado andam de mãos dadas, basta percorrermos a pé as duas partes da cidade…

Neste primeiro dia, ficámos na parte antiga da cidade..

Tivemos algumas dificuldades em encontrar o nosso hotel, mas facilmente percebemos que as pessoas eram afáveis e estavam sempre prontas a ajudar…

Tudo se desenrola tranquilamente, nesta cidade fantástica…

Ainda estávamos por aqui há muito pouco tempo, mas já tínhamos percebido que mesmo na parte mais antiga, era uma cidade muito limpa e organizada…

As ruas estão repletas de arte de rua e é tudo tranquilo.

Estávamos a chegar ao hotel, num bairro antigo da cidade precisávamos de trocar dinheiro, nada melhor que entrar numa casa de câmbio, a melhor opção para trocar euros pela moeda local, no aeroporto a taxa de câmbio era muito mais desfavorável, como na maior parte dos países que já visitámos… A melhor opção é pagar com o cartão de crédito o transporte para a cidade e depois trocar os euros em casas de câmbio à escolha…

O nosso hotel fica numa zona bastante sossegada da cidade antiga, o calor era imenso, fomos relaxar um pouco na piscina, a viagem tinha sido longa… quase 13 horas de avião!

O dia estava a ser fantástico, fomos almoçar numa das muitas ruas de Singapura… Uma das coisas que mais nos impressionou foi ver a convivência tranquila entre pessoas da religião budista, cristã, muçulmana e hindu, numa só cidade… 🙂

Foi neste bairro islâmico, que almoçamos e jantámos e que voltámos dez dias depois para um jantar delicioso…

A omelete de vegetais estava deliciosa e o frango de churrasco com arroz também… As pessoas são muito simpáticas… Aqui tivemos uma história bastante curiosa, no primeiro dia, o rapaz que nos atendeu, falou connosco naturalmente, voltámos passados dez dias e ele não se esqueceu de nós, sabia os nossos nomes e tudo… Impressionante!

Mais impressionante foi o que vimos, ao caminhar para o hotel!! 😀

Estávamos no final do primeiro dia, amanhã partiríamos para outro país, mas regressávamos três dias depois, para o que para nós seria o ponto mais alto da viagem… dormir no Marina Bay Sands!

Chegámos ao hotel por volta das 14h da tarde para um dia fantástico de descanso e de relaxamento total…

No check-in, foi-nos oferecido um “upgrade” para um quarto melhor, com vista para a Marina… O nosso quarto era no 49º andar, e as vistas eram realmente fantásticas! 🙂

Nesta zona nova da cidade, o Marina Bay Sands, é rei… os seus 59º andares, com a sua piscina “infinita” no último andar, fazem dela, a piscina mais alta do mundo!

Também no último andar, existe uma parte para os visitantes que não queiram dormir no hotel, aí poderão apreciar as vistas, e a piscina, mas não podem nadar nela… Existem também vários jacuzzis para os hóspedes, bares e um restaurante…

As vistas do hotel sobre a cidade são realmente fantásticas, de um lado podemos apreciar os “Gardens by the Bay” e o porto de Singapura e do outro a baía e o circuito de Fórmula 1, realmente extraordinário!!

Apesar do tempo nublado, o calor era imenso e a tarde estava a terminar… Decidimos ir jantar ao shopping que existe por debaixo do hotel, e é de facto um mundo à parte…

Aqui existe uma loja portuguesa de roupa, a Sacoor, e foi lá que encontrámos uma portuguesa, de Guimarães, que é a responsável de loja. Conversando um pouco com ela, ficámos a perceber um pouco melhor do que já tínhamos visto… Os prédios são autênticos caixotes, as pessoas vivem enclausuradas, são extremamente consumistas e irresponsáveis. Em todas as lojas Sacoor no mundo inteiro, só ali tinham uma gerente de outra nacionalidade, ela contou-nos que é extremamente difícil conseguir uma equipa com as mesmas pessoas durante um mês… 🙁

Muita futilidade e excesso de consumismo foi o que notámos por aqui, coisa que já não estivéssemos à espera…

Esta loja de uma das mais conhecidas marcas do mundo, que vende umas simples sapatilhas por €980, está situada já da parte de fora do shopping, na baía, mas tem um acesso por um túnel debaixo de água desde o shopping até à loja… Uma verdadeira loucura…

O museu da arte e da ciência de Singapura, é parecido com uma flor de Lotus, a flor da sorte nos países budistas…

O nosso dia estava a chegar ao fim, o calor era imenso, fomos relaxar mais uma vez, na piscina “infinita”… 🙂

De seguida fomos relaxar e usufruir das comodidades do nosso quarto..

No dia seguinte,  aproveitámos um pouco mais, seguíamos para a Austrália a meio da tarde, e regressaríamos uma semana depois, para um dia e meio de descoberta da zona mais antiga da cidade…

Fomos visitar uma Igreja Cristã, um templo Budista e um templo Hindu…

Todos eles estão localizados na parte antiga da cidade e extremamente perto uns dos outros.

Aproveitámos para ver a nossa fortuna para o ano 2015… 🙂

Este magnífico templo surge por entre prédios modernos, mas o seu interior é carregado de história e simbolismo..

A nossa passagem por Singapura estava a chegar ao fim, passeámos pelas longas ruas da cidade, e fomos acabar numa linda igreja de origem Portuguesa… a igreja de São José…

Essa igreja, não paroquial, é, desde 2005, considerada como monumento nacional (National Heritage Board, Singapore‘s 100 Historic Places, Singapura: Archipelago Press, 2002). Foi até mesmo um dos espaços utilizados para a bienal de arte contemporânea de Singapura, em 2006. A igreja, ainda que construída apenas entre 1906 e 1912, substituindo uma anterior, insere-se em desenvolvimento histórico secular. Representa uma continuidade histórica que remonta a Malaca, de remoto passado, e que ao mesmo tempo inclui a nova fase de desenvolvimento iniciada com a fundação de Singapura.

Aquele que entra na igreja de São José de Singapura vê, nas paredes de seu pórtico, confrontando a brasão episcopal, as armas do reino de Portugal, com as chagas e os cravos de Cristo. É, assim, imediatamente confrontado com o elo histórico do edifício e da comunidade com Portugal e, sobretudo, com o passado do Padroado, sistema de características globais que marcou a história missionária e da formação cultural de todas as regiões do mundo influenciadas pelos portugueses. 

Extraordinário! 😀

Por último passámos por Chijmes. Chijmes é um complexo histórico de Singapura que já foi um convento e hoje, mantendo grande parte de sua arquitectura, funciona como uma área de entretenimento. É um espaço que abriga bares, lounges e restaurantes e é super descontraído, ideal para aproveitar uma noite para jantar ao ar livre ou beber entre amigos. O lugar tem vários estabelecimentos diferentes, desde restaurantes refinados e conhecidos, como o Lei Garden, a estabelecimentos mais descontraídos. É um lugar democrático, que se torna ainda mais interessante pela arquitectura ao seu redor!

Mesmo com os bares, ainda existe uma capela no local e uma área conhecida como Chijmes Hall, que abriga obras de arte. Vale a pena dar uma volta em Chijmes, principalmente pela noite, quando está em ebulição de pessoas e diversão contagiante.

Realmente acabava da melhor forma esta nossa estadia por Singapura… Era hora de voltar ao ultra-moderno aeroporto de Singapura,para usufruir das suas novas tecnologias e esperar o avião de regresso a casa..

Foi uma viagem inesquecível…foram dezoito dias fora de casa, muitas saudades do nosso filho… é também sempre muito bom regressar a casa… Esta vista é linda… 🙂

Até breve…